Ao site Give me My Remote, o novo showrunner de Supernatural
deixou claro quais são suas intenções na série. Em uma longa entrevista, Carver
diz o que queremos saber realmente da nova temporada, o que será falado, quais
são os objetivos, enfim... Jeremy veio para mudar. Confiram a tradução logo abaixo.
Quando você saiu da série, passava pela sua cabeça que
pudesse voltar?
Jeremy Carver: Eu não achava que ia voltar, mas foi
porque eu saí para produzir outro show (a versão americana de BEING HUMAN). Eu
tive uma carreira maravilhosa em SUPERNATURAL, então quando me ligaram foi uma
surpresa. E deu certo, em termos de timing, por várias razões
diferentes.
Você continuou vendo a série enquanto esteve fora?
JC: Eu a tratei como uma ex-namorada (bela comparação!)—
via algo de vez em quando no Facebook, mas comecei a me atualizar quando pensei
em voltar. E fiquei realmente impressionado com o trabalho que haviam feito.
Houve algo, enquanto você se atualizava que sobressaiu, como
"Eu quero revisitar isso,” ou “Isso a gente devia jogar fora”?
JC: Primeiramente, eu fiquei realmente impressionado com
o que (a produtora anterior) Sera (Gamble) e (o produtor executivo) Bob (Singer)
haviam feito com o show. Na época, eles tiveram que dar continuidade ao que (o
criador da série) Eric (Kripke) deixou.
Uma coisa que me bateu, e acho que isso é quase inevitável
quando você faz um show de um gênero específico, é que às vezes ele acaba
enterrado sob o peso de sua própria mitologia. E particularmente com os irmãos,
se você se concentra em alguém como Sam, o cara já passou por tanta coisa — a
barreira foi construída, a barreira ruiu. Fica meio confuso
saber exatamente o que estava acontecendo, mesmo para mim, enquanto eu
punha o show em dia. Então eu acho que uma das coisas que pensei foi em puxar o
freio na mitologia e em vez disso iniciar um novo arco esse ano. Obviamente que
não vamos abandonar todo o passado, mas pelo menos agora no início, vamos
começar de novo em uma viagem que pode durar 2, 3 ou sabem-se lá quantas
temporadas mais.
Que importância tem pra vocês saber o final da série? Se
você estiver planejando um arco que dure, digamos três temporadas, mas acabar
só com mais duas, isso pode te deixar numa fria. Você chegou a consultar a emissora
ou os atores sobre quanto tempo a série pode durar?
JC: Isso é complicado. Lembro-me de ouvir Eric dizer,
“Eu sei exatamente como o último episódio vai ser para os dois irmãos.” E
agora, quase me dá vontade de ligar pra ele e perguntar “Então, o que está
achando disso?” É difícil, mas eu sei que, como uma equipe, nós temos um
planejamento que cobre três temporadas a partir de agora, o que achamos que
seria um final muito bom. Não temos um plano definitivo para os irmãos, embora
esteja lá (em nossa mente), também. É um pensamento constante. Você sempre
espera saber com antecedência (se um show vai ser cancelado) e às vezes é
possível e às vezes não. Não dá pra se levar por isso. Você tem que contar a
história que está contando.
Sei que na temporada passada Sera falou muito sobre querer
tirar muitos dos itens de conforto dos irmãos para que eles só tivessem a si
mesmos. Você pretende manter isso esse ano ou pretende reconstruir um pouco
mais a estrutura que eles tinham?
JC: É uma boa pergunta. Porque nós voltamos a coisas
que tornam flashbacks uma parte importante da temporada e se prestam a fazer
com que os irmãos se re-examinem e à sua relação. Ao mesmo tempo em que estão
reunidos nessa caçada, como antes, há muita bagagem para ser vista em termos do
que o ano passado os ensinou sobre si mesmos. Vai levar um tempo para quem
entendam o que tudo aquilo queria dizer a um sobre o outro.
Eu não acho que algum dos dois jamais pensou que estariam
juntos novamente. Ambos passaram por experiências transformadoras e essas
experiências envolvem novas pessoas e isso é muito complicado. Uma das coisas
que realmente estou tentando fazer esse ano é o que sempre digo: a gente
conversa com nossos amigos de uma forma quando tem 20 anos, mas quando temos
30, começamos a ter conversas diferentes sobre a vida e o futuro. Não significa
que a banda acabou, mas quando membros da banda começam a ter filhos, a
conversa muda. Ninguém vai ter filhos (na série), mas entende o que quero
dizer? As pessoas amadurecem e isso é o que vamos ver.
Não existe bebê, mas há uma namorada para Sam. O que
pode dizer sobre sua decisão de fazer isso?
JC: Acho que depois de ficar longe, quando voltei, vi a
série com outros olhos e pensei “Por que ele não pode ter um relacionamento?” E
aí alguém me lembrou: “Por que… existem mais ou menos 15 milhões de pessoas que
não querem que ele tenha.” (risos) E eu acho que é muito orgânica, acho que
essa temporada é muito orgânica. Acho que as pessoas verão um relacionamento
muito interessante. É SUPERNATURAL. Eu não o faria se não achasse que vale a
pena.
É justo. Olhando para frente, o que pode dizer sobre o papel
de Lauren Tom no show?
JC: Ela estará em vários episódios. Posso dizer que sou
fã dela faz tempo. E acho que ela tem a combinação perfeita de coração e humor
que o papel pede. E vamos parar por aí.
O que pode dizer sobre como Castiel fica nessa temporada?
JC: Vamos ter uma ideia disso quando mergulharmos no
que aconteceu no Purgatório, vocês vão ter uma ideia de onde Cas está.
Sei que tudo está muito vago sobre o retorno ou não de Jim
Beaver (Bobby), mas você pode dizer se tem alguma ideia de sua volta?
JC: Se tenho uma ideia? Tenho uma noção. Não é bem uma
ideia. Eu amo Jim, então qualquer oportunidade de ter Jim Beaver de volta, eu
vou agarrar.
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